Monday, November 30, 2009


Friday, February 27, 2009

Flickr Widget! Dentro da mochila do TED.

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Sunday, February 8, 2009

TED em poucas palavras.

Há muitos motivos para ir ao TED. Vamos falar então dos motivos para não ir. É mais fácil.

Não vá ao TED se você não fala inglês. Você tem que pelo menos compreender muito bem. Talvez você nem precise falar, mas ouvir é muito importante. Aliás é só o que se faz durante os 4 dias. Portanto se você anda meio mal no inglês, alugue uns dvds legais. No início, só legendas em inglês mesmo. Em seguida assita ao filme de novo e tire a legenda. Ajuda muito. No site do TED logo vai ter um menu pulldown com legendas dos talks em tudo o que é língua. Legal, mas atrapalha quem tem preguiça de aprender.
O TED custa caro. A conferência ao vivo, é em Palm Springs e custa US$6mil por cabeça. Não tem choro nem vela, não tem bolsa, não tem desconto. E pior, não tem reembolso. Como é dinheiro que vai para doação, na mesma hora que entra na contabilidade deles, sai. Por isso, pense bem antes de clicar no ok do site. O simulcast de Palm Springs custa US$3.750, o que ainda é salgado.
É uma maratona de palestras Quatro dias, das 8:30 da manhã até as 7 da noite. Uma hora de almoço e uns dois intervalinhos de café. Tem que estar bem dormido e numa cadeira bem confortável. Apesar de não parecer, ouvir cansa pacas, ainda mais numa língua que não é sua. O pior é aquele povo querendo confraternizar, ou reproduzir, sei lá, indo para festas e jantares pós-TED, que não acrescentam nada, pelo contrário, subtraem preciosas horas de sono.
Americano é chato. Isso não é nenhuma novidade: o americano branco médio é obtuso, preconceituoso, pretensioso, raso, desconfiado e feio. E dos 400 inscritos lá em Palm Springs, deviam ser uns 320 americanos. E desses, uns 280 eram bem assim como eu descrevi. Tem uma casquinha de sucesso e inteligência, Mas se você cavar um pouquinho logo chega naquele americano mcdonalds típico.
Composição étnica Em Palm Springs (e acho que Long Beach não era muito diferente) haviam apenas duas moças negras na platéia. E só eu de homem negro. Isso diz muito a respeito de qualquer comunidade. Não que haja qualquer preconceito aparente, nem no conteúdo, nem no preço, nada que proíba ou desestimule negros a fazerem parte do TED. Ano passado inclusive, houve o TED Africa. Muito palestrantes são negros. Há uma boa presença de asiáticos até. Uns europeus, poucos latinos, vários canadenses.
Em nada representativo do perfil do americano mais capacitado. Não sei o que isso quer dizer, mas acho assutador.
Tem que ir até lá. De fato, tem que estar lá. É diferente de ver na internet, mesmo que seja num belo monitor hd. E lá é longe. Califórnia, 16 horas de vôo de São Paulo, com escala, 6 horas de fuso horário a menos, e jet lag garantido.
Solidão. A esmagadora maioria das pessoas que vai ao TED, vai sozinha. Até encontra um ou outro conhecido, ou mesmo já tem uma turminha de anos anteriores. Há pequenos grupos que vão juntos, mas é raro. E sozinho tudo é mais caro. Fora que quando você ouve ou vê algo maravilhoso, você quer dividir. Mas com quem? Eu que não sou tatu, levei minha família, mas éramos exceção.

Agora que você já está convencido de que ir ao TED é uma bobagem deixe-me concluir: É uma experiência única. É sensacional na medida em que você entende que a história pode estar sendo escrita ali na sua frente. É empolgante pelas descobertas, e pela capacidade de realização das pessoas envolvidas. É incrível na qualidade da tecnologia embarcada e na organização ultra-profissional. É surpreendente na boa vontade, abertura e cooperação entre todos os participantes, o tempo todo, uns com os outros. É insuperável no calibre e relevância de quase todos os palestrantes, gente séria, de sucesso, envolvida, estudiosa, dedicada e indispensável. O TED é inesquecível em alguns poucos momentos, o suficiente para esquecer completamente todos aqueles motivos para não ir.

Por tudo isso, se não puder ir, vá.

Saturday, February 7, 2009

Sábado | 12. Engage

Jay Walker | Belo talk sobre a English-Mania. É boa ou é ruim? A China deve tornar-se ao final de 2010 o maior país do mudo que fala a língua inglesa. Obrigatória (por lei) desde os 7 anos, em todas as escolas do país. A conclusão é que sim, todo mundo deve mesmo falar inglês. Amplia as possibilidades tanto no contato com material existente, quanto facilitando a ponte entre diferentes culturas.

Jamie Cullum | O Oliveira já chamou esse menino de Sinatra de tênis. E ouvindo o disco, é mesmo isso que parece que ele gostaria de ser. Ao vivo, outra coisa. Apesar de cantar bem, tocar piano direitinho e tal, ele talvez não tenha se conformado em ser crooner, sei lá. Ficou meio um punk de boutique, descabelado, desarrumado, tentando improvisar, revolucionar o formato das músicas, mas acho que não rolou, não chegou lá. Nem perto de Sinatra. E ele estava de botas.

Gever Tulley | Falou e mostrou imagens de um acampamento de férias diferente que ele comanda, o Tinkering School, onde as crianças brincam com furadeiras, solda, serra tico-tico e solução de problemas aplicados. Problemas de físca, mecânica, eletrônica básica, lógica. Eles garantem que ninguém nunca saiu da escola aleijado, o que já é grande coisa.

Barry Schwartz | Citando o discurso do Obama, esse psicanalista concordou que o que os EUA (e o mundo por consequência) não precisam de mais regras, mais regulamentação. Precisa de bom-senso. Ou como ele chama, "pratical wisdom" e "moral virtue= moral skill + moral will". Mas em português não é muito mais do que simples bom-senso.

Liz Coleman | A presidente da faculdade de artes liberais de Vermont, revolucionou o sistema de notas e avaliação no ensino superior americano. Logo quando assumiu a direção da escola mandou metade dos profesores embora. Considerada uma tremenda megera por muitos, assumiu uma faculdade medíocre e hoje Bennington College é um dos bons (e caros) lugares para formar alunos em cursos de humanidades, artes, letras e ciências sociais nos EUA.

E assim fechamos o TED, não sem antes uma apresentação teatral dos líderes aqui de Palm Springs. Era para ser uma comédia, ou uma paródia, talvez um resumo bem humorado do TED 2009. Era para ser meio de improviso, era para empolgar. Mas no fim foi só amador, raso e vergonhoso. Bem americano.

Na despedida, um visivelmente emocionado Cris Anderson chamou de volta o Jamie Cullum que cantou sua versão brega de "Imagine". Foi de uma pieguisse titânica.